Quanto tempo você tem?

Passamos a vida inteira buscando a felicidade, esperando um motivo, qualquer motivo, o começo de um namoro, casamento, um bom emprego, para decidirmos começar nossa vida. Mas a felicidade pode estar presente em todos os momentos do nosso dia, só depende de nós. Nossa vida já está acontecendo, dia após dia, e temos que saber aproveitá-la, cada minuto, cada segundo. Eu sei que na teoria é muito fácil, mas na prática complica bastante, mas depende apenas de nós mesmos, as vezes precisamos passar por um problema, uma doença, uma dificuldade ou até mesmo um “deserto” como diz minha irmã, para se dar conta que a vida não vai parar e muito menos voltar para que possamos fazer diferente. É agora que temos que dar valor para o que temos e eu não me refiro apenas a bens materiais, digo também sobre pessoas que passam por nossa vida e por aquelas que estão diariamente conosco , afinal elas vão estar ali para sempre. Hoje a tarde assisti um filme que realmente me fez parar e analisar a maneira como eu estava levando a minha vida e sinceramente não me agradou nada o que veio na minha cabeça. Percebi que estava dando importância demais há pessoas e situações que não merecia, nem um segundo da minha atenção, e me importando de menos com quem realmente precisava do meu amor e da minha atenção. No começo deste ano, descobri que minha irmã Patrícia estava com câncer e ao invés de me aproximar e encarar esse problema com ela, eu sem querer me afastei, (eu sei, podem me apedrejar, eu mereço), mas foi automático, mesmo querendo estar lá, eu não o fazia, me vi sem chão, não conseguia acreditar que estávamos passando por isso, não conseguia pensar em outra coisa e por muitas vezes acordei no meio da noite chorando e com um único pensamento, olhar bem para ela e dizer: “Pode contar comigo hoje e sempre, desculpa por estar ausente, mas agora estou aqui e vou enfrentar com você esse problema”, acho que foi preciso eu terminar meu relacionamento, voltar para casa da minha mãe para conseguir perceber o que realmente importava para mim. Hoje tenho consciência de que minha família está em primeiro lugar, mais precisamente minha irmã. Hoje posso dizer com certeza que não sei o que seria da minha vida sem ela, na verdade nunca nem parei pra pensar nisso, minha mente não permite, é como se fosse bloqueado para esse tipo de pensamento. Ela é o meu pilar, é nela que me apóio quando tenho a impressão de que estou caindo, é ela que está ao meu em todos os momentos da minha vida, sendo eles bons ou não, na verdade quando decidi criar meu blog, até brincamos com a idéia de colocar o nome do blog de “Meu nome não é Pati”, por que realmente ela é meu exemplo, é nela que me espelho, sempre digo que quando eu crescer quero ser que nem ela. E por isso hoje, não por causa da doença, mas por uma opção, percebi que a melhor coisa que faço é aproveitar todos os minutos, todos os segundos da minha vida ao lado dela, por que eu sei que ela vai sair dessa e ainda vamos curtir muito. Então te pergunto, “Quanto tempo você tem?” Eu tenho pouco, por que tenho muita coisa para fazer daqui pra frente, por que decidi que sou eu quem vai determinar o que é bom pra mim, o que me fará feliz, o que tirará o meu sono, o que me levará para as nuvens, o que me fará chorar, a maneira como tenho que encarar a minha vida e pode ter certeza, eu optei pelo melhor!