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Letras, Bárbaras, palavras e pensamentos gratinados..

quarta-feira, 8 de julho de 2015

E se!

Sim, não, talvez, amanha, nunca mais. Se eu soubesse que aquele seria o ultimo beijo, talvez me empenharia em dar um daqueles de tirar o fôlego. Talvez tivesse te abraçado tanto que causaria um amasso desconfortante em sua camisa, porém totalmente confortante para alma, e se eu soubesse que aquele "até logo" no fundo significaria um "ADEUS" em tons garrafais, talvez tivesse pulado no seu pescoço, observaria por mais alguns instantes aquele seu olhar que me deixava completamente sem razão. Talvez não teria aquela pressa besta em ir embora e tivesse aproveitado até o último suspiro. Eis a questão, dura e penosa. Eu não fazia a menor ideia! E não importa com quantas pessoas eu fale, nem com quantas amigas me lamente, ou quantas taças de vinho eu tome para me anestesiar, eu ainda vou para cama, durante a noite, pensando em cada detalhe, imaginando o que fiz de errado, ou como posso ter tido um olhar tão deturpado sobre isso, sobre nós, sobre tudo, como foi que por um breve momento me convenci que que aquilo tudo pudesse ser real. Algumas pessoas acreditam que, de forma inexplicável o encanto acaba. Para outras, simplesmente, a paixão, singelamente se vai, sem explicações nem culpados. No entanto, existe outra classe de sentimento mais cruel. Aquele que, sem aviso, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "sentimento não correspondido", um dos mais perigosos e letais. a maioria das lindas histórias que conhecemos falam de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Existe também aquele pequeno grupo com pendencias amorosas, que não conseguem ou não querem soltar a mão do passado. Somos vítimas de uma aventura unilateral. Esse embaralho de emoções é apenas a constatação do que era óbvio porém, meu raciocínio lógico ignorava, ele apenas tinha um radar aguçado que inconsequentemente cegou minha razão. No fundo te agradeço, você me inspirou, foi uma especie de libertação literal. Mas ainda assim, se eu soubesse que aquele seria o último beijo, com certeza me empenharia em dar um daqueles de tirar o fôlego!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A sorrir eu pretendo levar a vida.


Reprogramando meu cérebro. Ele anda as vezes de um tipo, as vezes de lado, de frente e as vezes de lua. As vezes dou risadas em excesso ou deixo os dentes cerrados e só percebo quando começa a doer o maxilar. Estou tensa. Admito. As vezes tenho formigas andando na minha mente e peço pra elas pararem, mas formigas nunca param. Então queimo todas de forma imaginária, porque imaginárias também são as formigas que andam na minha mente. Quando não consigo queimá-las, durmo então para sufocá-las. As vezes funciona, as vezes acordo com dor de cabeça e outras, acordo cheia de emoção sem rumo. Já senti menos emoção na vida, mas agora quando sinto, não sei o que fazer, como agir ou pra onde direcionar. Na cidade, parece que minha emoção não combina, não importa, não se realiza.
Tem dias que resolvo passar batom vermelho. Dias não. Noites. Porque acho que batom vermelho não serve para andar na rua em dia de semana. Por isso em dias de semana me apago. Aliás, ando apagada até em dias de sábado.
Reprogramando o cérebro para acender quem é e o que funciona lá dentro. Se eu soubesse, teria tomado mais cuidado antes de sair me entregando a um tipo específico de homem com ímã na pele. Se eu soubesse, talvez tivesse feito tudo igual, mas consciente e assim, não precisaria agora estar no caminho mais custoso para reencontrar o que me acende. "Estou" chata e tenho medo de nunca mais encontrar o acesso, mesmo após reprogramar o cérebro.
Quanto ao batom vermelho, fico feliz em passa-lo, mesmo assim. Reservo para os dias (noites) em que me sinto bem. Mesmo que só um pouquinho, essa semana passei.
De tanto me jogar fora, uma hora comecei a catar os cacos. Depois de ter me deixado um pouco em cada canto onde morei, às vezes tenho a rápida sensação de ser como era quando gostava de ser quem sou. Só tenho feito cagada ultimamente, mas vário entre a culpa e a auto-aceitação. Quero sair para a rua, mas quando tenho aonde ir, adoraria me esconder.
Acho que rever pessoas antigas me traria um pedaço de mim, mas não consigo me convencer. Alimento a ideia de que mirar numa certa nova pessoa por quem estou obcecada pode me devolver a inspiração, mas a falta de coragem sabota e a pessoa não ajuda.

domingo, 13 de março de 2011

Saisir le jour


Talvez tivesse que ser assim.. Com o passar dos anos nossa mente passa por várias mudanças, os pensamentos ficam diferentes e as suas atitudes já não são as mesmas, mas o que realmente importa permanece dentro de nós, intacto. Esse é o segredo, sofrer uma metamorfose e não se perder com o tempo. Amar, sofrer, chorar, se restabelecer e ainda manter a mesma alegria... Você consegue entender por que isso acontece? Pessoas que não tem absolutamente nehuma ligação acabam se encontrando? Roberto Shinyashiki tem uma resposta convincente: "A compreensão de que os encontros em nossas vidas são preparados muitos antes de dizermos olá e completados muito antes ou depois de dizermos adeus". Agora tudo me parece claro, até o que eu não entendo me parece absolutamente claro. Todos procuram alguém para amar. Procuramos pessoas cujos olhos prometam um romance, mas a verdade é que o amor não pode ser encontrado como algo estático e sim, somente vivido. Então até que essa pessoa lhe diga sim e resolva dar esse mergulho, será apenas um talvez. Já me disseram que a maior história de amor já contada é a minha se eu me apaixonar pela vida e não esperar ela se apaixonar por mim primeiro. Ame loucamente e seja amado loucamente pois nossas digitais não se apagam da vida das pessoas que tocamos e toda vez que você olha para o destino ele muda. Não sei que ordem de fatores determinou a complexidade dos nossos sentimentos, mas tenho uma opinião: "Cuide melhor de si mesmo. Relaxe e se dê um tempo. É melhor olhar o que está a sua volta, e então decidir para que lado ir. Nunca se rotule para impressionar alguém e nem permita que outros o façam, pois rótulos são para geléias. Não perca seu tempo preocupado com o que os outros vão pensar ou falar de você, pois isso diz respeito à eles, nunca se sinta inferior por não ter o melhor carro ou a melhor casa, pois o que importa de verdade é como você vive a sua vida, seus valores, seu caráter. Faça apenas o que você quer muito, faça tudo o que tiver vontade, ponha sua vida em primeiro lugar, nossa vida vale pelas histórias que plantamos pelo caminho. "Ghandi disse que tudo que você fizer na será insignificante mas é muito importante que o faça". E eu digo: "Se você não fizer, ninguém mais vai fazer". Dance, ria, cante pois quem canta seus males espanta, se encante, brinque, chore mas não se apavore pois tudo passa, se apaixone todos os dias, pela mesma pessoa ou todo dia por uma pessoa diferente. Mas viva, e viva agora, não espere o tempo passar para você querer consertar o que passou, encare a vida como uma jornada, não como um destino. Carpe Diem...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Happy new year!!!

Verão, praia, mar.. areia, cerveja, sol.. festas, alegria, amigosssss.. Quem vai querer mais do que isso? Eu não.. por isso feliz 2011 para todos!!!

domingo, 24 de outubro de 2010

Covicções só dela e para ela...


Vou escrever um texto para mim mesma para entender a sagacidade da minha lentidão.
Para me sentir estranha, intrépida, envolta, desconexa e assustadoramente pronta.
Lembrar de casa, da chuva, do som de uma voz que me atormenta, dos compromissos travados sem querer. Depois de um final de semana regado de alegria e boas risadas,talvez posso definir esse final de semana como o ápice das metas imutáveis, (Ohh lá em casa). No meu caso, extravagância pouca é bobagem. Ainda ecoa em minha mente gestos, rostos e vozes que com o passar dos dias se tornam uma mera e vaga lembrança. Lembrança essa que me faz dizer com todas as letras "Oktoberfest? Adorooooo e quero mais!!". Depois de tudo isso volto com minha antiga mas não desimportante dúvida.Parei pra pensar. Minha vida é menos inspiradora hoje? A julgar pelos últimos acontecimentos, assim parece. Uma vez era a vida, cenas, histórias, fantasias, amores platonicamente correspondidos. Hoje são cadastros, valores agregados, estratégias e metas de venda, os dias passando a fio, esperando somente o final de semana. Nesse mundo tão fechado. Num mundo de figurantes que perambulam pelas ruas da cidade que eu escolhi ao não querer, na contramão dos fatos, que esmagam e estão sempre sobre minhas vontades traidoras. Passam as pessoas pelas ruas, apressadas, pensativas, preocupadas, felizes ou não, mas como podemos saber o que realmente se passa com cada uma delas? E se eu não quiser saber? Ou se eu perder mais da metade do meu dia descabelada tentando as compreender? As idéias cansam de pulsar e se entregam finalmente. Parei de pensar e acumulei outras dúvidas. Há uma certa intolerância, resistência crônica e aguda. Que chatice infernal! Talvez tudo seja fatalmente simples e não haja motivo para fazer dramas. Sim, os dramas: detesto e amo (mais amo que detesto). Repudio nos outros e acho convincentemente justificados em mim. Doce ilusão. Hoje, mais um segredo: as coisas que mais tememos são as que, tragicamente, mais sustentamos. O mau humor irritante tantas vezes está em ti - e só em ti... E a petulância insuportável? Adivinha. Há algumas coisas (felizmente) que conseguimos evitar por um simples motivo: não condizem nem com o que temos de pior. Alguns não conseguem ser avaros, outros modestos, uns menos atenciosos, outros amorosos... Singularidades que eu, sinceramente, já não acho tão individuais assim. Um emaranhado. Temos uns nos outros tudo aquilo que desejamos e odiamos. Repara só.

domingo, 26 de setembro de 2010

Novas Possibilidades


Escrever, escrever, escrever. Tirar todo o atraso dos dias sem inpiração. Afastar tudo e todos que prejudicam. Esquecer de chorar. Chorar em excesso. Baixar o som da TV. Me cansar da TV ligada e desligar. Andar sem roupa pela casa. Esquecer de fechar a cortina, ops, lembrar de colocar a cortina. Tirar todo o atraso do outro ano. Comer mais brócolis. Dar. Rir. Tentar, mais uma vez guardar dinheiro para fazer minha habilitação. Comprar uma moto. Cuidar dos cachorros. Beber o que for com pessoas legais e normais. Achar que esse ano é bem melhor e torcer para que outro seja realmente. ignorar o que faz o ex. Não vender nada. Vender antenas. Esperar ansiosa pelos feriados. Sair todo dia e voltar cansada de acordar cedo. Comer mais cenoura. Pensar na possibilidade de voltar a tocar Violoncelo. Guardar mais dinheiro para comprar um Violoncelo. Esquecer a sacanagem dos outros. Olhar para as pessoas nas ruas e ver suas caras de susto. Não ter vergonha de olhar para os caras bonitos. Não comer quiabo. Tomar água. Ligar para matar a saudade. comprar crédito pro telefone. Escolher as cores e pintar a parede. Ter dinheiro para comer comida japonesa. Ir mais ao cinema. Andar sozinha sem pressa, aliás, não ter pressa nenhuma. Tomar sol para bronzear a pele. Tomar banho de mar. Correr. Cuidar da pele. Mais uma tatuagem. Achar que a vida é perfeita. Viver cada minuto que passa como se fosse o último. Desperdiçar cada momento como se fosse infinito. Como se a vida fosse um estoque limitado e frugal de caducas emoções, buscar algo como uma deseducação, uma fome convulsiva. Se é tristeza, que funcione como célula de um motor de arranque. Ao projeto enganoso de identidade, escapar da espiral do tempo: comprometer-se, apenas, com a faísca do presente.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Encrenca ou Encrencada?

Um dia acordou e se cansou de ser a encrenca. Trocou de roupa, tomou café da manhã, escovou os dentes, seguiu para a avenida e chegou pontualmente ao trabalho. Primeiro, foi chamada de Bárbara mais vezes do que o necessário. Depois, recebeu uma bronca real e outra por telefone. As duas ao mesmo tempo. Não imaginava que conseguiria elevar seu nível de estress a tal ponto praticamente às 8:00 da madrugada. Devia ter mantido suas farpas longe das modernidades. Mas se sentiu pressionada, cedeu, respondeu um, respondeu outro. Não sabe ficar calada. Não gosta do gosto de sapo. E vomitou. Vômito ao vivo, a cores e da chamada em espera. Então decidiu: "vou mudar de signo". Escolheu ser de libra. Acha que a nova data a comemorar será um dia de outubro. Para não se atropelar, resolveu testar alguns mapas astrais antes de decidir o dia e local exatos.

Exatos para ser alguém que fala a mesma língua que o resto do mundo. Admite que outros também usam linguagens confusas, mas jura pra si mesma que gostaria de falar o mesmo idioma. Depois de testar uns 110 mapas astrais, resolveu ficar com o seu mesmo. Melhor ser do que tentar. Vai que não consegue, e a emenda fica pior que a bagunça de nascença. Continuou uma quase criança desgarrada do leito materno e familiar. Geminiana mal interpretada.

As mil faces sempre atrapalham suas tentativas de carinho. Alguém acha estranho que seus olhos sejam ditos rasos? Alguém conhece o que existe no fundo do mar antes de mergulhar?

Então, desistiu de mudar de signo. Continuou mergulhada nos seus próprios olhos - os mares mais seguros que conhece, o melhor lugar para parar de se sentir uma encrenca.

Ainda não estou tão louca.
Culpo Saturno. Este planeta que retorna à nossa vida entre os 22 e 28 anos causando uma revolução. Como acabei de chegar aos 23 não sei MESMO quando essa revolução vai acabar.

E para hoje meu "horóscopo" diz: "Neste momento você se verá diante da oportunidade de expandir a sua vida social e ainda se fortalecer emocionalmente. Busque a companhia de pessoas criativas e que realmente tenham a ver com você. Haverá grande intensidade emocional e desejo de entrega neste sábado."