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Letras, Bárbaras, palavras e pensamentos gratinados..

domingo, 24 de outubro de 2010

Covicções só dela e para ela...


Vou escrever um texto para mim mesma para entender a sagacidade da minha lentidão.
Para me sentir estranha, intrépida, envolta, desconexa e assustadoramente pronta.
Lembrar de casa, da chuva, do som de uma voz que me atormenta, dos compromissos travados sem querer. Depois de um final de semana regado de alegria e boas risadas,talvez posso definir esse final de semana como o ápice das metas imutáveis, (Ohh lá em casa). No meu caso, extravagância pouca é bobagem. Ainda ecoa em minha mente gestos, rostos e vozes que com o passar dos dias se tornam uma mera e vaga lembrança. Lembrança essa que me faz dizer com todas as letras "Oktoberfest? Adorooooo e quero mais!!". Depois de tudo isso volto com minha antiga mas não desimportante dúvida.Parei pra pensar. Minha vida é menos inspiradora hoje? A julgar pelos últimos acontecimentos, assim parece. Uma vez era a vida, cenas, histórias, fantasias, amores platonicamente correspondidos. Hoje são cadastros, valores agregados, estratégias e metas de venda, os dias passando a fio, esperando somente o final de semana. Nesse mundo tão fechado. Num mundo de figurantes que perambulam pelas ruas da cidade que eu escolhi ao não querer, na contramão dos fatos, que esmagam e estão sempre sobre minhas vontades traidoras. Passam as pessoas pelas ruas, apressadas, pensativas, preocupadas, felizes ou não, mas como podemos saber o que realmente se passa com cada uma delas? E se eu não quiser saber? Ou se eu perder mais da metade do meu dia descabelada tentando as compreender? As idéias cansam de pulsar e se entregam finalmente. Parei de pensar e acumulei outras dúvidas. Há uma certa intolerância, resistência crônica e aguda. Que chatice infernal! Talvez tudo seja fatalmente simples e não haja motivo para fazer dramas. Sim, os dramas: detesto e amo (mais amo que detesto). Repudio nos outros e acho convincentemente justificados em mim. Doce ilusão. Hoje, mais um segredo: as coisas que mais tememos são as que, tragicamente, mais sustentamos. O mau humor irritante tantas vezes está em ti - e só em ti... E a petulância insuportável? Adivinha. Há algumas coisas (felizmente) que conseguimos evitar por um simples motivo: não condizem nem com o que temos de pior. Alguns não conseguem ser avaros, outros modestos, uns menos atenciosos, outros amorosos... Singularidades que eu, sinceramente, já não acho tão individuais assim. Um emaranhado. Temos uns nos outros tudo aquilo que desejamos e odiamos. Repara só.